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Caruaru já sente efeitos da retomada da economia vê preços dispararem

Caruaru já sente efeitos da retomada da economia  vê preços dispararem

Foto: Informalidade ajudou a acelerar a retomada da economia/Foto: Divulgação ACIC

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A economia do Agreste começa a se aquecer. Além da reabertura de serviços de escritórios, com 50% da capacidade; 100% de comércio de veículos e locadoras; bares, restaurantes e academias de ginásticas, o setor têxtil sente os reflexos da retomada das atividades do comércio em outros municípios de Pernambuco e estados vizinhos.

Segundo o presidente a Associação Comercial e Empresarial da Caruaru (ACIC), Luverson Ferreira, a informalidade da região acabou sendo algo positivo. “Como a grande maioria dos empresários são informais, continuaram com suas produções, enquanto outras regiões mais formais, reduziram suas atividades. Isso gerou um desabastecimento que vem sendo suprido pelas empresas do polo de confecções do Agreste”, explica Luverson.

O aquecimento se repete no setor de construção civil. Mas o efeito é diferente, com preços locais disparando. “Muitas olarias reduziram sua produção, e agora, com a retomada das obras, falta material. O milheiro de tijolo, que custava R$ 350,00, agora é vendido por R$ 600,00”, conta o presidente da ACIC, que prevê uns 60 dias para o mercado se ajustar.

Embora seja famosa pelo seu Polo Têxtil, a região de Caruaru concentra vários polos, como médico, de beleza e gastronômico. Nesta quinta-feira (30), o governo estadual autorizou as cidades do Agreste pernambucano avançar duas etapas no Plano de Convivência com a Covid-19, na próxima semana.

A região sofreu muito porque quando a quarentena foi imposta em todo estado, o Agreste ainda não tinha casos expressivos da doença, que foi migrando aos poucos para o interior. Quando a reabertura foi permitida na Região Metropolita e zonas da mata, o Agreste não pôde retomar suas atividades, pois estava começando naquele momento a registrar crescimento de casos.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, o avanço de etapas no Agreste se deu mediante à análise criteriosa dos dados de saúde das regiões. “Completamos dois meses desde a implantação do Plano de Convivência desenvolvido pelo Comitê de Monitoramento. E esse comitê analisou os dados de saúde da área geral para planejar os avanços e tomar decisões mais cautelosas onde os riscos se mantém. Por isso, as cidades de Garanhuns e Caruaru, onde os indicadores apresentaram tendência de queda, vão avançar duas etapas”, justificou o secretário.

Schwambach aproveitou o espaço para reafirmar que continua sem autorização para funcionar o polo de confecção de Caruaru. “Por ser um local de muita aglomeração, o polo só está autorizado a voltar a funcionar dentro da fase sete, que ainda não há previsão de ser implantada, mas isso só vai acontecer se os dados de saúde permitirem. Temos visto casos de funcionamento irregular de atividades no polo e junto com a prefeitura de Caruaru estamos reforçando as ações de fiscalização para que essas aglomerações provocadas por atividades que funcionam de forma irregular não terminem prejudicando o avanço do plano de retomada das atividades na cidade”, enfatizou.

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