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Empresários pernambucanos se mobilizam pela retomada das atividades

Empresários pernambucanos se mobilizam pela retomada das atividades

Foto: Lojas fechadas e angústia crescente entre empresários/Foto: CBN

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Empresários de vários segmentos estão se unindo para pressionar o governo de Pernambuco por mais diálogo em torno da retomada da economia. Ontem (20), foi realizada reunião entre 22 lideranças empresariais de diversos segmentos, como comércio, construção, indústrias, bares e restaurantes, shoppings, entre outros, para articular um pleito conjunto em torno de uma reunião com o governador Paulo Câmara.

Os empresários se queixam que o governo tem sido pouco sensível à evolução da crise. Eles querem maior aproximação com o centro de decisão. O comitê de crise do governo estadual não parece anteder às demandas, já quem nem todos os segmentos fazem parte dele. E os quem fazem, reclamam de sua efetividade. “A sensação é que eles já têm tudo definido e fazem de conta que nos ouvem ”, confidenciou um empresário.

A angústia do empresariado local cresce na medida em que ele observa outros governadores anunciarem seus planos de retomada. Como Wilson Lima (PSC), do Amazonas,  que no último dia 30 comunicou o plano para a capital Manaus, a primeira cidade brasileira a ver seu sistema de saúde entrar em colapso nesta pandemia.  

O Ceará, que só fica atrás de São Paulo em número de contaminados, também já tem seu plano, que será aplicado em quatro etapas e deve durar 56 dias ao todos. O governador Camilo Santana (PT) deu aval a um modelo que está todo estruturado em torno das cadeias produtivas e deve ser anunciado esta semana.

Em São Paulo, o governador João Dória (PSDB) anunciou que as atividades serão retomadas a partir de 1º de junho, também de forma escalonada.

No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) deu início à reabertura, no último dia 18, librando numa primeira etapa lojas de calçados, de roupas, serviços de corte e costura e lojas de extintores. Ele tornou obrigatório o uso de máscara nos estabelecimentos e decidiu multar quem não as usar.

“Temos que retomar às atividades, temos que aprender a conviver com o vírus. Ele tende a se tornar endêmico e a vacina vai demorar. Não podemos mais esperar”, disse um empresário do ramo de beleza.

Muito embora o governo do estado tenha anunciado dias atrás uma parceria com a Deloitte em torno da elaboração do plano, interlocutores do governador dizem que a curva da doença não chegou ao platô, aonde tende a se estabilizar, para depois decrescer. Por isto, ainda não é o momento de falar sobre o plano, já que as medidas de contenção da população ficaram mais restritas e o número de mortos ainda é alto – Pernambuco é o quarto estado com maior mortalidade: até ontem 1.834.  

Há informações seguras de que o plano estaria muito avançado, praticamente pronto, e isso surpreendeu alguns empresários, que alegam não terem sido consultados para colaboração. “Como fazem um plano e nem somos ouvidos?”, indagou um. “Tentei uma aproximação, mas eles alegaram que o trabalho do comitê é muito técnico. Ou seja, nós, que somos donos do negócio, na visão do governo, não entendemos do assunto”, ironizou outro.

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