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A família de uma idosa da cidade de Taquaritinga (SP), se recusou a permitir a vacinação por um enfermeiro negro durante campanha de imunização contra o coronavírus. O caso aconteceu num posto de vacinação drive thru do Ginásio de Esportes do município que tem pouco mais de 55 mil habitantes.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Taquaritinga contou como ocorreu o crime de racismo. "Ele se aproximou do carro pra vacinação e a filha que falou: 'não se aproxime da minha mãe'. Ele pegou os documentos para fazer as anotações, entregou para outro profissional e voltou ao posto de atendimento. Ele não percebeu que era um caso de racismo", disse Andrei Fernandes Amorim, um dos funcionários da assessoria.
Segundo testemunhas do incidente, acredita-se que a filha agiu a pedido da mãe para evitar o trabalho do profissional. A reportagem apurou ainda que pouco depois do caso, o enfermeiro - que não teve sua identidade divulgada para preservá-lo - levou tempo para perceber o que havia acontecido e somente depois de algum tempo é que concluiu tratar-se de um caso de racismo. "Ele comentou com os colegas e todo mundo concordou tratar-se de racismo. O enfermeiro recebeu todo o apoio dos funcionários e da Secretaria de Saúde", informou a assessoria.
Embora todos tenham afirmado se tratar de um típico caso de racismo, não houve registro de Boletim de Ocorrência porque não houve identificação de quem seria a idosa e a filha. "Por tratar-se de um drive thru, são dezenas de carros que passam por ali, fica difícil identificar", segue a explicação da assessoria. Porém, a Prefeitura confirmou que está trabalhando na identificação. "Estamos olhando as câmeras de segurança para tentar identificar o veículo e, por tratar-se de uma cidade pequena, creio ser possível descobrir. A partir daí iremos tomar as medidas cabíveis", conclui o funcionário da comunicação da prefeitura.
Fonte: Uol