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Patrimônio Imaterial completas 20 anos

Patrimônio Imaterial completas 20 anos

Foto: Reprodução Internet

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O Patrimônio Imaterial ainda não é um termo tão conhecido dos brasileiros. Mas a região nordestina é guardiã de grandes riquezas desse patrimônio. No Agreste Pernambucano, temos a famosa Feira de Caruaru. O título foi entregue pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, ao então prefeito Tony Gel, em dezembro de 2006. O registro tem o objetivo de proteger a dimensão desse espaço sociocultural que movimenta entre R$ 20 e R$ 40 milhões por semana, na baixa e na alta estação.

A Feira foi inscrita no Livro de Registro dos Lugares, destinado a englobar locais que, independentes de valor arquitetônico, urbanístico, estético ou paisagístico, constituem suportes fundamentais para a continuidade das práticas e atividades que abrigam. Só no Nordeste são 21 bens reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil dentre eles também se destacam o Frevo pernambucano, a Roda de Capoeira o Samba de Roda do Recôncavo Baiano que também possuem o título de Patrimônio da Humanidade.

Fato é que, mesmo que esse termo não seja tão conhecido, o patrimônio imaterial é intensamente construído e vivido pelos seus praticantes e é o resultado dos mais preciosos valores da humanidade.  Pelos cinco sentidos a imaterialidade se materializa. Os cheiros e sabores tão presentes nas ervas de ervas da Feira de Caruaru, no fazer o queijo mineiro, na cajuína piauiense ou no acarajé da baiana trazem um tempero comum: os saberes ligados aos seus fazeres tradicionais. 

 

E toda a diversidade dessa riqueza cultural, reconhecida mundialmente, ganhou, há 20 anos, um marco importante na sua história. Em 04 d agosto de 2000, o Decreto 3.551 era instituído e reforçava os direitos culturais ao apresentar uma política pública voltada para a identificação, reconhecimento, apoio e fomento ao Patrimônio Cultural Imaterial.

Desde então, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), junto com diversos parceiros da sociedade, tem executado a Política de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial que vem documentando, promovendo, preservando e valorizando, cada vez mais, as referências culturais dos mais variados grupos formadores da sociedade brasileira, por meio do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI).

 

Ao longo de duas décadas de atuação, 48 bens já foram registrados como Patrimônio Cultural do Brasil; sendo seis deles considerados pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. E para cada um desses bens – que detêm continuidade histórica, possuem relevância para a memória nacional, são transmitidos de geração a geração e constantemente recriado pelas comunidades em função de seu ambiente, sua interação com a natureza e sua história – são desenvolvidas ações salvaguarda que viabilizam a melhoria das condições de sustentabilidade dos saberes e práticas culturais. 

Todo este trabalho tem como objetivo buscar o engajamento dos detentores para a gestão e sustentabilidade de suas práticas, uma vez que o Patrimônio Cultural é um importante ativo para o desenvolvimento econômico e social.

 

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