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Covid-19: medidas mais rígidas para evitar aglomerações são adotadas em PE

Covid-19: medidas mais rígidas para evitar aglomerações são adotadas em PE

Foto: Divulgação / SEI-PE

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Foi prorrogada, até o final do mês de janeiro, a proibição da realização de shows e festas de qualquer tipo, em restaurantes, barracas de praia, hotéis ou outros estabelecimentos, com ou sem venda de ingressos. Também foi anunciada a redução da capacidade de lotação em eventos para, no máximo, 150 pessoas. Esses e outros comunicados para frear a disseminação do novo coronavírus foram feitos durante coletiva de imprensa online nessa quarta-feira (6). 

Na ocasião, o secretário estadual de Saúde, André Longo, destacou o respeito aos protocolos de segurança (distanciamento, uso de máscara, higiene e monitoramento) como única forma de evitar a transmissão. "Para que as atividades continuem funcionando sem colocar vidas em risco”, frisou. Ele disse que, neste momento, há mais de mil pacientes com suspeita da Covid-19 internados em leitos de UTI, públicos e privados, e a cada três que desenvolvem quadros graves da doença, ao menos um acaba não resistindo. “É para não transmitir o vírus e provocar mortes que todos devemos reforçar os cuidados. O vírus pode ser silencioso e inofensivo para você, mas para alguém próximo pode ser fatal. Não vamos deixar que um verão de descuido interrompa a vida das pessoas que amamos”, pontuou o secretário de Saúde.

Há uma tendência de estabilidade e queda nos indicadores dos casos graves de síndrome respiratória aguda grave em Pernambuco, quando comparados os dados das três últimas Semanas Epidemiológicas (SE). Na análise da última SE 53, foram registrados 663 casos de SRAG, o que indica uma estabilidade em relação à SE 52, quando foram feitas 683 notificações; e uma redução de 20% em relação à SE 51, que teve 862 registros. “Mesmo diante dos números, é importante pontuar que continuamos monitorando e acompanhando os dados, pois tivemos dois feriados em sequência, o que pode acarretar o acúmulo de notificações, além da mudança de prefeitos, que também pode influenciar na alimentação dos sistemas de notificação”, ponderou André Longo. Em relação às solicitações por leitos de UTI para pacientes graves suspeitos ou confirmados para Covid-19, a Central de Regulação do Estado também mostrou um cenário de estabilidade entre as SE 52 e 53, com uma sutil oscilação negativa de apenas 1%. Por outro lado, as solicitações por leitos de enfermaria, indicado para pacientes com quadros mais leves da doença, tiveram um aumento de 12%.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, falou que medidas mais rigorosas serão tomadas para combater e punir o desrespeito às normas do Plano de Convivência, e pediu a colaboração da sociedade e de órgãos como Procon, Defesa Social e guardas municipais das prefeituras com orlas de praia. “Vamos ter que aumentar as medidas de fiscalização de forma mais dura e objetiva", destacou o secretário. Quem quiser colaborar basta enviar as imagens de aglomerações. O Estado vai, automaticamente, aplicar multa imediata e notificar diretamente por notícia-crime ao Ministério Público para a instauração de processo criminal. O secretário disse ainda que, nos últimos 30 dias, já foram multados mais de 150 estabelecimentos com valores que chegam a quase R$ 350 mil. “Esses valores serão aumentados. Em caso de reincidência, a interdição será definitiva”, advertiu.

Já o secretário executivo de Defesa Social, Humberto Freire, esclareceu que as ações das polícias Militar e Civil visam garantir que as medidas restritivas sejam cumpridas. “O descumprimento dessas enseja a instauração de inquérito policial, como já foi feito com algumas festas ilegais realizadas recentemente. Os promotores dessas festas podem responder processo por crime contra a Saúde Pública. É importante que os organizadores e o público contribuam, neste período mais intenso, para que haja uma reversão da curva, e que não seja preciso levar à Justiça e conduzir pessoas para autuação em delegacias, como será feito caso sejam verificadas ações ilegais”, concluiu Humberto Freire.

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