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Para deputados, "centrão não é pilar confiável" para impedir um eventual impeachment

Para deputados,
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A semana passada terminou com uma série de denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, em relação ao presidente Jair Bolsonaro e ainda, com um pedido de inquérito ao Supremo Tribunal Federal para investigar as declarações do ex-juiz. Essa semana começa cheia de interrogações.

Para alguns deputados, a posição do STF é o que deve balisar os próximos passos. Há quem avalie como cedo ainda para abertura de CPI ou processo de impeachment, enquanto o STF não se posicionar.

Como relatamos no último sábado, o day after inclui: pedidos de abertura de inquérito, de CPI e de impeachment. Mas, em paralelo a tudo isso, segue no radar a articulação do governo Bolsonaro com o centrão.

O que alguns deputados da bancada de Pernambuco realçam é que essa articulação com o centrão já vinha se dando desde o ano passado. O chamado centrão é conhecido como uma ala mais fisiológica do Congresso Nacional. E esses acenos do Planalto ao centrão, então, somados à saída do ministro Ségio Moro reduziriam substancialmente o conceito de combate à corrupção do governo.

A divisão de espaços para os partidos que integram esse bloco já está praticamente definida. Deputados apontam que o DEM, além de manter a pasta de Agricultura e a Codevasf, deve indicar nomes para o FNDE, enumeram que o PP, presidido por Ciro Nogueira, também indica nomes para o FNDE . O Republicanos ficaria com uma secretria do Ministério do Desenvolvimento Regional. O Solidariedade, teria uma cota que inclui o Porto de Santos e uma diretoria do BNB. Ao PSD, caberia espaço na Funasa. Fala-se em postos ainda do Dnit, Dnocs, entre outros, a serem negociados e as conversas incluem o MDB e o PL, além do PSC.

O detalhe é que, nos bastidores, deputados já observam que toda essa construção não significa um pilar capaz de impedir um processo de impeachment. Em outras palavras, parlamentares lembram que, no processo de impeachment da, então, presidente Dilma Rousseff, partidos que tinham espaços no primeiro escalão entregaram e votaram pelo impeachment da presidente mesmo assim. 

Os parlamentraes têm registrado ainda que, naquela época, não tinha fundo eleitoral. Em conversas reservadas, deputados têm dito o seguinte: "Se depender do centrão para ele (Bolsonaro) não ser cassado, se houver elementos, ele é cassado no outro dia".

Citam exemplos do passado recente. Lembram que o PSD tinha ministério no governo Dílma e votou pelo impeachment, assim como o PP, o MDB e o Republicanos. E grifam que eram espaços de primeiro escalão, diferente do que está sendo costurado hoje. Então, resumem que ,a despeito da manobra toda, "o centrão não é pilar confiável".

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