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Retomada econômica de Pernambuco deve ocorrer no começo de junho

Retomada econômica de Pernambuco deve ocorrer no começo de junho

Foto: Expectativa é que o comércio retome suas atividades antes do dia 15 de junho para mover a roda da economia/Foto: Pixabay

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Empresários unidos no Movimento Pró-Pernambuco, criado para contribuir com o planejamento da retomada das atividades econômicas, aguardam para os próximos dias o anúncio do governador Paulo Câmara sobre os planos de reabertura de diversas atividades.

Várias reuniões com representantes do governo aconteceram nos últimos dias na busca de um modelo comum. Neste sentido, os segmentos empresariais enviaram seus próprios protocolos para o comitê gestor de crise do estado, que conduz a elaboração do plano geral com o apoio da Deloitte.

As contribuições partiram de entidades como as associações da indústria de hotéis (ABIH), de bares e restaurantes (Abrasel), de shopping center (Apesce), do mercado imobiliário (Ademi), do comercio (CDL, Fecomercio), da construção civil (Sinduscom), da federação das indústrias (Fiepe), entre outros.

Com os números da doença regredindo nos últimos dias, a expectativa das lideranças empresariais é que até o início de junho várias atividades possam ser liberadas seguindo os rígidos protocolos que serão aplicados por etapas e até por regiões do estado.

Na tarde de ontem (27), nova reunião aconteceu entre empresários, deputados da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e os secretários da Casa Civil, José Neto, e da Fazendo, Décio Padilha.  

Os empresários entendem que a retomada depende da regressão dos números de casos da covid-19 e sugeriram que o governo considerasse um planejamento em que as etapas estejam associadas ao volume de leitos vazios. Desta forma, acompanhando a divulgação dos boletins pela Secretaria de Saúde, podem ter noção se estarão perto ou longe do momento da reabertura para seu tipo de negócio.

Paulo Carneiro. Apesce

“Temos tido um bom diálogo com o governo, a começar pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, e agora com os demais secretários. Esperamos para breve o anúncio do plano. É algo importante, porque precisamos de um mínimo de planejamento, já que são muitas as providências a serem tomadas”, explica o presidente da Associação Pernambucana de Shopping Center (Apesce), Paulo Caneiro, que lidera o movimento.

Seu setor já havia enviado um protocolo ao comitê de crise, mas acabou reforçando essa contribuição com outro, elaborado pela federação brasileira de shopping center, que contou com um referendo técnico do Hospital Sírio Libanês (SP).

Segundo Carneiro, enquanto esperam, os empresários do seu setor tentam se antecipar a providências fundamentais como troca de filtro de ar condicionado e instalação de álcool gel em vários pontos. Mas só com a divulgação do plano, a maior parte das ações poderá ser feita.  

A expectativa de Renato Cunha, presidente do Sindicato do Açúcar e do Álcool de Pernambuco e representante da Fiepe no movimento, é que o plano seja divulgado até o dia 30 de maio. “A retomada do comercio é muito esperada porque é a grande engrenagem que fará a economia se mover”, analisa, acrescentando que a peculiaridades e vocações das cidades, cada qual com suas dinâmicas, bem como o número de doentes, devem ser considerados.

Renato Cunhoa, Sudaçúcar/Fiepe

“Os empresários do setor de bares e restaurantes estão muito ansiosos porque, sem dúvida, este foi o segmento mais afetado pela quarentena. E são necessárias muitas providências para a retomada”, diz André Araújo, presidente da Abrasel. Ele lembra que muitos donos de estabelecimentos perderam todo estoque e agora têm que negociar com fornecedores, treinar funcionários e rearrumar os salões para se adaptarem ao protocolo, entre outras coisas. “Entendemos que o governo também quer essa reabertura o quanto antes, está difícil para todos e os diálogos têm sido construídos neste sentido”, diz.

André Araújo, Abrasel

“O governo tem um plano pronto e só não foi anunciado até agora porque os números da covid-19 estavam altos”, diz uma fonte do governo. “Agora, com a redução nas ocorrências e com as UTIs mais vazias, deve ser revelado, até porque o estado sofre com o aumento de despesas e a queda na arrecadação de IMCS, que deve bater 45% de retração em maio”, acrescenta.

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