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VACINA CONTRA HERPES-ZÓSTER PODE REDUZIR RISCO DE DEMÊNCIA EM IDOSOS, APONTA ESTUDO

VACINA CONTRA HERPES-ZÓSTER PODE REDUZIR RISCO DE DEMÊNCIA EM IDOSOS, APONTA ESTUDO
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Um estudo realizado por pesquisadores britânicos e publicado na prestigiada revista científica Nature revelou uma possível nova função protetiva da vacina contra o herpes-zóster, o vírus responsável pela doença conhecida popularmente como cobreiro. Segundo os cientistas, o imunizante pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento de demência, especialmente em mulheres idosas.

A pesquisa foi conduzida ao longo de sete anos e analisou dados de mais de 2 milhões de pessoas no País de Gales, divididas entre grupos vacinados e não vacinados com a vacina Zostavax, recomendada para adultos acima de 70 anos como forma de prevenção ao herpes-zóster.

Os resultados apontaram que, entre as mulheres com mais de 80 anos, a vacina foi associada a uma redução de 20% na incidência de demência. A hipótese dos pesquisadores é que a imunização pode estar ligada a uma resposta inflamatória mais controlada ou à redução de episódios de reativação viral, que poderiam impactar negativamente o sistema nervoso central.

Curiosamente, entre os homens, o estudo não observou impacto estatisticamente significativo. Isso levanta novas questões sobre possíveis diferenças biológicas entre os sexos que possam influenciar a resposta imunológica e os fatores de risco para doenças neurodegenerativas.

Embora os autores reforcem que ainda são necessárias mais investigações para compreender completamente a relação entre a vacina e a proteção cognitiva, os dados são considerados promissores. Eles indicam que, além de prevenir uma condição dolorosa como o cobreiro, a vacinação contra o herpes-zóster pode ter efeitos benéficos adicionais, principalmente para a saúde mental e neurológica de mulheres idosas.

O estudo é mais uma peça no quebra-cabeça da prevenção à demência, condição que afeta milhões de pessoas no mundo e para a qual ainda não há cura definitiva.
 

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